Histórico


Em 2007 foi fundado no Rio de Janeiro a Sociedade Organizada pela Música Alternativa, mais conhecida como SOMA, que tinha como objetivo principal o fortalecimento da cadeia produtiva da música no cenário carioca, em especial a dita como alternativa ou independente. A cena estava um caos, as bandas vinham sendo exploradas descaradamente por pseudo-produtores, que tinham como único objetivo encher os bolsos de dinheiro, seja via venda de ingressos antecipados ou cobrança de valores para os artistas se apresentarem; não se preocupavam nem um pouco com a cultura ou a arte ou a música e sua distribuição. Isto estava acontecendo em todos os ramos artísticos, porém mais drasticamente na cena musical, pois esta encontrava-se completamente abandonada e desunida, facilitando assim a ação de tais pessoas mal intencionadas.


A proposta do SOMA era bem clara, o intuito maior sendo a conscientização dos músicos e artistas através da disseminação da informação e troca de idéias, e para isto eram feitas reuniões, que inicialmente eram mensais, tornando-se quinzenais com o passar do tempo. O amadorismo tomava conta da cena, e nestes encontros discutíamos as melhores formas para a profissionalização do cenário e como agir para evitar a exploração das bandas, dentre outras ações. Sabíamos que tínhamos uma missão bastante complicada, que era unir as bandas em prol de objetivos comuns e primordiais para o todo, que era o cenário carioca, o que consequentemente seria melhor para todos os envolvidos, inclusive aqueles que não abraçavam ou acreditavam na causa. Felizmente a idéia do associativismo foi ganhando força e conseguimos fazer bastante coisa e atingimos grandes vitórias, sempre no esquema de cada um ajudando como pode... pra construir um muro, sempre é preciso erguer o primeiro tijolo, tínhamos isto sempre em mente.


Agora os fundadores do SOMA estão residindo em POA e finalmente (e felizmente!) encontraram pessoas que tem ideais muito parecidos, que acreditam na força do associativismo, na união entre músicos, bandas, produtores, donos de casas de show, enfim, atores da cadeia produtiva musical e cultural, tanto na região metropolitana quanto no interior do Rio Grande do Sul. Acreditamos que a participação, o engajamento e a vontade de mudar são pontos primordiais para que realmente as coisas aconteçam, e que pra isto é fundamental a união de todos os agitadores culturais e a disseminação de todos os eventos por todos, independente de quem os esteja produzindo. 


Mais do que nunca é hora de reviver e reativar o nosso 'grito de guerra':


VAMOS SOMAR!